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ENTREVISTA: “Setor industrial paraense mostra que é possível alinhar competitividade à preservação ambiental”, afirma dirigente da Fiepa

  • Foto do escritor: Breno Guimarães
    Breno Guimarães
  • 26 de ago.
  • 3 min de leitura

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Recentemente empossado como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentabilidade (CDESS), conhecido como Conselhão, órgão consultivo do Governo Federal, o empresário e presidente do Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Deryck Pantoja Martins concedeu entrevista ao Portal Vencedor.


O representante da Fiepa destacou que sua principal contribuição no Conselhão será a promoção do diálogo entre os setores público e privado, buscando integrar diferentes perspectivas para a construção de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis.


Ele ressaltou ainda a importância do Conselhão como espaço de escuta e debate, reunindo governo, academia, setor produtivo, ONGs e sociedade civil.


Portal Vencedor (PV) - Quais serão suas principais contribuições e prioridades dentro do Conselhão?


Derick Martins (DM) - Minhas principais contribuições estarão voltadas para a promoção do diálogo entre os setores público e privado, integrando diferentes perspectivas para a construção de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis. As prioridades iniciais serão direcionadas para o fortalecimento de uma economia verde, com ações que incentivem a inovação tecnológica e promovam um desenvolvimento mais equilibrado regionalmente, especialmente na Amazônia.


Portal Vencedor - Como enxerga a importância desse colegiado para a formulação de políticas públicas no Brasil?


DM - O Conselhão é fundamental como um espaço de escuta, debate e proposta. Ele aproxima diferentes setores da sociedade – governo, academia, setor industrial, ONGs e sociedade civil – com o objetivo de construir soluções conjuntas para os desafios do país. O Brasil é um país diverso e complexo, e o colegiado funciona como um catalisador que transforma essa pluralidade em força para a formulação de políticas mais efetivas, justas e sustentáveis.


Portal Vencedor - Que pautas pretende defender já nas primeiras reuniões?


DM - A implantação de incentivos para práticas empresariais sustentáveis, especialmente em setores estratégicos como mineração, agronegócio e energia renovável. A aceleração de políticas de economia de baixo carbono para alinhar o Brasil aos compromissos climáticos internacionais. A valorização da bioeconomia amazônica, promovendo iniciativas que gerem empregos locais com a preservação da floresta em pé. Medidas para fomentar a infraestrutura sustentável e atrair investimentos responsáveis.


Portal Vencedor - Quais são hoje os maiores desafios para conciliar crescimento econômico e preservação ambiental na Amazônia?


DM - O principal desafio é encontrar modelos de desenvolvimento que gerem valor econômico sem comprometer os recursos naturais. A falta de infraestrutura e a pressão por desmatamento são questões críticas. Além disso, há necessidade de maior integração entre políticas públicas e iniciativas privadas para equilibrar incentivo econômico e sustentabilidade. É imprescindível investir em tecnologias que potencializem a exploração sustentável dos recursos naturais, como a bioeconomia, além de priorizar o combate às atividades ilegais.


Portal Vencedor - O que o setor industrial do Pará pode oferecer como exemplo de práticas sustentáveis para o restante do país?


DM - O setor industrial paraense tem desenvolvido importantes avanços na implementação de práticas sustentáveis, como o uso de energia renovável e ações para reduzir emissões e reaproveitar resíduos. Empresas locais têm mostrado que é possível alinhar competitividade à preservação ambiental, especialmente em áreas como mineração sustentável e bioeconomia. O esforço de dialogar com as comunidades e incluir soluções que respeitem os saberes locais também pode ser um modelo para o restante do país.


Portal Vencedor - Sua experiência à frente do Conselho de Meio Ambiente da Fiepa influencia de que forma sua atuação no Conselhão?


DM - Minha atuação na Fiepa tem sido marcada pelo compromisso com a busca de soluções equilibradas entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, sempre promovendo o diálogo entre indústria, governo e sociedade civil. Essa experiência me preparou para compreender as diferentes necessidades dos stakeholders, identificar oportunidades de convergência e propor estratégias para estimular a sustentabilidade em larga escala. No Conselhão, levarei essa vivência para colaborar com a elaboração de políticas públicas que sejam viáveis tanto ambiental quanto economicamente.


Portal Vencedor - Qual mensagem gostaria de deixar para os jovens empreendedores e líderes que acreditam em um futuro mais verde?


DM - Acreditem na força da inovação e do empreendedorismo voltados para a sustentabilidade. O futuro verde depende de ações presentes, e os jovens têm o poder de liderar essa transformação por meio de soluções criativas, da incorporação de valores sustentáveis em seus negócios e de uma visão mais integradora entre o social, o ambiental e o econômico. Invistam em conhecimento, tecnologias limpas e, principalmente, confiem no potencial do Brasil como líder global nesse novo paradigma.



Entrevista: Evandro Pantoja

Foto: Divulgação

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